Virginia, Burley, Orient e Dark Fire. Conhece as diferenças entre os quatro tipos de tabaco?

Tal como acontece com qualquer tipo de produto proveniente da natureza, também existem diferentes tipos de tabaco. Assim, e como acontece com qualquer produto que nasce das plantas, existem muitas distinções entre duas sementes que são plantadas de igual forma em diferentes zonas do mundo. Porquê? Devido às condições climáticas, à temperatura, ao tipo de solo, à quantidade de água existente nas terras onde são cultivadas, entre outros fatores. Ainda que existam várias formas de diferenciar os tipos de tabaco, neste artigo explicamos-lhe as quatro principais tipologias segundo o processo de cura da folha: Virginia, Burley, Orient y Dark Fire.

A cura das folhas de tabaco: a grande diferença entre as variedades

 A cura das folhas de tabaco consiste em eliminar a água presente nas mesmas, depois de, anteriormente, terem sido humedecidas para facilitar a sua flexibilidade e permitir um corte mais exato. Se não fossem secas corretamente, as folhas não se inflamariam e não poderiam ser fumadas.

Este processo é feito em condições controladas (isto é, manter a temperatura, uma humidade relativa e uma ventilação sob controlo), com o objetivo de respeitar as transformações químicas e físicas que se produzem na folha para se conseguir um tabaco de alta qualidade. O processo completo de cura consiste em três fases – amarelamento, secagem da folha e secagem do caule – e tende a demorar cerca de 4 a 8 semanas.

• Virginia: cura por ar quente

Este tipo de cura aplica-se sobretudo na elaboração de cigarros e mistura de tabacos. Também conhecido como cura em atmosfera artificial (Flue-Cured), o processo baseia-se na introdução de ar quente em espaços concebidos para manter a temperatura, a ventilação e a humidade controladas. Este ar quente é introduzido através de uma caldeira externa até serem obtidas folhas amarelas ou cor-de-laranja com um elevado teor de açúcar.

• Burley: cura ao ar livre

Neste tipo de cura, que também é utilizado essencialmente para produzir cigarros, o tabaco é pendurado em caves bem ventiladas, mas sem ar quente artificial. O objetivo é que as folhas sequem de forma natural até obterem uma cor castanha clara média e um baixo teor de açúcar. Isto, em condições normais, é conseguido num período que oscila entre as 4 e as 8 semanas. Embora seja considerada a cura mais natural, esta tem uma parte mais complicada: na ausência de temperaturas artificiais, em climas secos, deve ter-se atenção para que a secagem não ocorra demasiado depressa. Por outro lado, em ambientes húmidos, a secagem não deve ser demasiado lenta.

• Orient: cura ao sol

Como o próprio nome indica, neste tipo de cura as folhas são penduradas ao ar livre e expostas diretamente ao sol. Ideal para cachimbo e tabaco de mascar, o seu processo de secagem dura até que as folhas se tornem amareladas ou alaranjadas e o teor de açúcar seja muito elevado, o que pode demorar entre duas semanas a um mês.

• Dark Fire: cura pelo fogo

Esta tipologia é ideal para cachimbo e mistura de tabacos. Embora seja considerada uma variedade de cura por ar, esta tem as suas próprias características. Quando as folhas demoram 3 a 5 dias a secar, acende-se uma fogueira por perto (a 25ºC) para que sequem e assumam a sua tonalidade amarelada. Quando isto acontece, a temperatura é elevada para os 50ºC para secá-las completamente.

Sabores e aromas de cada variedade

Virginia, o tabaco mais suave

Conhecido como “tabaco louro”, esta variedade tem um aroma muito marcado, pelo que o seu sabor é suave e a combustão é lenta. Ainda que existam diferentes sub-varieties (Laranja, brilhante, vermelho, castanho e negro) com aromas e sabores distintos, todas elas têm em comum o seu sabor doce e frutado devido à sua elevada proporção de açucares.

Burley, aroma puro

Comparado ao tabaco Virginia, este é muito mais encorpado e tem mais aroma. Tem um menor teor de nicotina e é frequentemente utilizado para fazer misturas aromáticas devido à sua grande capacidade de reter aromas. Mesmo que seja conhecido pela sua fragrância típica de chocolate, este não tem um sabor doce, uma vez que apresenta uma baixa quantidade de açucares naturais.

Orient, o mais doce

Com valores muito baixos de nicotina, o tabaco Orient é o mais doce de todos. Ao estar exposto diretamente ao calor do sol, as suas folhas são muito doces (devido ao seu elevado teor de açúcar) e têm aromas e sabores muito intensos – razão pela qual são frequentemente utilizadas em pequenas porções.

Dark Fire, o rei do fumo

Com sabores intensos e ligeiramente florais, uma vez que as suas folhas são secas perto do fogo, este tabaco é encorpado e tem o seu aroma característico (com apontamentos de madeira e caramelo), devido aos químicos que são transmitidos pelo fumo.

Estes quatro tipos de tabaco são a base da indústria, pelo que é essencial conhecer as diferenças entre os processos de cura das suas folhas, uma vez que estas irão determinar as suas características, o seu sabor e o seu aroma.

O tabaco Landewyck

Landewyck trabalha com estes quatro tipos de tabaco. Segundo o espírito dos fundadores da empresa, Josephine van Landewyck e Jean-Pierre Heintz, os produtos Landewyck são criados para satisfazer os prazeres da vida, oferecendo a máxima qualidade. Com mais de 40 marcas, incluindo muitos clássicos, este tabaco é vendido em mercados a nível internacional.

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