Num cenário global em que a sustentabilidade ocupa um lugar central nas estratégias de desenvolvimento, a produção agrícola e industrial do tabaco tem vindo a adaptar-se, investindo em práticas que conciliam produtividade, respeito pelo ambiente e compromisso social. Em várias regiões do mundo, agricultores, empresas e comunidades trabalham em conjunto para garantir que a produção de tabaco evolua de forma responsável e alinhada com os princípios da sustentabilidade.
A sustentabilidade na produção de tabaco é um processo contínuo, baseado na inovação tecnológica, na eficiência de recursos e na valorização das pessoas que fazem parte da cadeia de valor. Este compromisso estende-se desde o campo até ao processamento, com uma abordagem cada vez mais integrada e ambientalmente consciente.
Uma atividade agrícola relevante a nível global
O cultivo de tabaco é uma actividade agrícola praticada em mais de 120 países, com destaque para regiões como América do Sul, África, Ásia e Europa. A nível europeu, países como Espanha, Itália, Grécia e Polónia mantêm produções relevantes, assegurando rendimento a milhares de agricultores e dinamizando a economia local, sobretudo em zonas rurais.
Na Península Ibérica, por exemplo, a região da Estremadura, em Espanha, é uma das mais importantes no sector, representando uma parte significativa da produção nacional. Este contexto reforça a importância de garantir práticas sustentáveis que protejam os recursos naturais e promovam o desenvolvimento das comunidades locais.
Três pilares da sustentabilidade na produção de tabaco
A sustentabilidade da produção de tabaco assenta em três pilares fundamentais: o ambiental, o económico e o social. Empresas do sector, agricultores e entidades parceiras têm vindo a implementar ações concretas em cada uma destas frentes.
1) Sustentabilidade ambiental:
A preservação de recursos naturais é um objetivo prioritário. Diversas iniciativas têm sido desenvolvidas para garantir que a produção de tabaco respeita o meio ambiente:
- Gestão eficiente da água: Através de técnicas de irrigação gota-a-gota e captação sustentável, tem-se reduzido significativamente o consumo de água nos campos de cultivo.
- Utilização responsável de materiais agrícolas: A adoção de boas práticas agrícolas, como o controlo integrado de pragas e a aplicação cuidadosa de fertilizantes, contribui para proteger o solo e os ecossistemas locais.
- Conservação florestal: Programas de reflorestamento e uso de madeira certificada para cura das folhas têm sido fundamentais para proteger as florestas e promover o equilíbrio ambiental.
- Redução de emissões: A modernização dos fornos de cura, com melhorias na eficiência energética e utilização de fontes renováveis, permite reduzir a pegada de carbono na produção.
2) Sustentabilidade económica:
A produção de tabaco representa uma importante fonte de rendimento para milhares de famílias, muitas delas em zonas rurais com poucas alternativas agrícolas viáveis. Para garantir a viabilidade económica da actividade:
- Inovação agronómica: Investimentos em investigação e desenvolvimento têm permitido aumentar a produtividade por hectare, reduzindo o impacto ambiental e aumentando o rendimento dos produtores.
- Formação e capacitação: Programas de apoio técnico e formação contínua ajudam os agricultores a adoptarem práticas mais eficientes, reduzirem custos e garantirem uma produção de qualidade.
- Diversificação complementar: Em algumas regiões, tem sido incentivada a introdução de outras culturas em paralelo com o tabaco, promovendo maior resiliência económica das famílias agrícolas.
3) Sustentabilidade social:
As pessoas estão no centro da cadeia de produção. A aposta em práticas socialmente responsáveis contribui para o fortalecimento das comunidades e para um ambiente de trabalho seguro e digno:
- Parcerias com os agricultores: Modelos contratuais justos, apoio logístico e acesso a insumos garantem estabilidade e previsibilidade aos produtores.
- Saúde e segurança no trabalho: O fornecimento de equipamento de protecção individual, formação em segurança agrícola e boas práticas sanitárias são prioridades em todas as fases do cultivo.
- Combate ao trabalho infantil: Em alguns países, as crianças participam na colheita do tabaco, estando expostas a nicotina e a químicos expostos o que levanta graves preocupações éticas e sanitárias e por isso temos combatido contra o mesmo.
Certificação e rastreabilidade
Para assegurar a transparência e a credibilidade das práticas sustentáveis, têm sido implementados sistemas de certificação e rastreabilidade em toda a cadeia de produção. Desde o campo até à fábrica, cada etapa é documentada, auditada e monitorizada, permitindo garantir o cumprimento de critérios ambientais, sociais e de qualidade.
Algumas marcas trabalham com certificações reconhecidas internacionalmente, como a ISO 14001 (gestão ambiental), e participam em iniciativas setoriais de sustentabilidade promovidas por associações agrícolas e organismos independentes.
Conclusão
A produção de tabaco está a evoluir no sentido de práticas cada vez mais sustentáveis, com foco na inovação, na responsabilidade ambiental e no desenvolvimento das comunidades. Com investimentos contínuos, diálogo transparente e acções concretas, é possível garantir uma cadeia de valor que respeita o planeta, promove a prosperidade rural e responde às exigências de um futuro mais sustentável.
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